Da União pela seleção para a guerra nas eleições
Por Marcelo Sicoli* Escrevo um dia depois da eliminação do Brasil na Copa do Mundo da Rússia. De volta para o trabalho e fim de festas brincavam piadas do whatsapp . Reportagens publicadas na mídia ressaltavam o desinteresse recorde dos brasileiros pela competição. Com tons de ironia, borbulhavam comentários comparando o País do penta com nações sem grandes feitos futebolísticos. Detentores, porém, de altos índices de desenvolvimento humano (educação, saúde, qualidade de vida), além de alta renda per capita. De baixo mesmo têm o nível de desemprego. A paixão inocente pelo time brasileiro do passado perpassa um filtro menos romântico agora. Jogadores, outrora tidos como heróis nacionais, têm seus salários exorbitantes denunciados. Isso denota o quão grotesco é o salário do brasileiro comum. Este, muitas vezes, em uma vida inteira de trabalho não vai conseguir acumular um infinitésimo do que é o rendimento de alguns craques em uma única temporada de trabalho. Eles são contratados pel...